A Roboagro, empresa de Caxias do Sul (RS) que vende a máquina, disse que os pedidos aumentaram, em média, 400% para 60 unidades por mês. Equipamento pode gerar uma economia anual de cerca de R$ 40 mil a cada lote de 1.000 animais. Roboagro, empresa de Caxias do Sul, vende um robô que alimenta os porcos enquanto toca música clássica
Roboagro via Reuters
A demanda por um robô brasileiro que alimenta suínos enquanto toca música clássica disparou neste ano, em um momento em que os criadores buscam cortar custos em meio à pandemia de Covid-19.
A Roboagro, empresa de Caxias do Sul (RS) que vende o equipamento, disse que os pedidos aumentaram, em média, 400% para 60 unidades por mês.
A máquina que alimenta os animais, acomodados em baias, garante que eles recebam a quantidade exata de ração em cada refeição. Enquanto avança entre os compartimentos, o robô toca música clássica, o que a empresa afirma aliviar o estresse dos porcos em fase de engorda.
De onde vem: à frente dos carros, máquinas agrícolas já estão próximas da autonomia completa
Roboagro, empresa de Caxias do Sul, vende um robô que alimenta os porcos enquanto toca música clássica
Roboagro via Reuters
O diretor da Roboagro, Giovani Molin, afirmou em nota que o robô reduz a presença de humanos nas criações de porcos, além de gerar dados que ajudam a melhorar o gerenciamento geral do rebanho.
A ração corresponde por até 75% dos custos de produção de suínos, e cada centavo conta em meio a uma forte alta nos preços dos grãos, devido à demanda aquecida.
Segundo a Roboagro, os produtores que utilizam a tecnologia podem melhorar o índice de conversão alimentar dos animais, aumentando o seu rendimento.
O robô pode gerar uma economia anual de cerca de R$ 40 mil a cada lote de 1.000 animais, disse a empresa, em cálculo que não inclui custos de mão de obra.
A Roboagro afirma que seu robô é utilizado em cerca de 500 granjas no Brasil, incluindo fornecedoras de grandes frigoríficos, como a JBS e a BRF, que enfrentaram surtos de Covid-19 em suas instalações.
O Brasil, um grande produtor de proteína animal, aumentou o volume de exportações de carne suína em 40% nos dez primeiros meses deste ano. Esse comércio gerou 1,87 bilhão de dólares em receita, alta de quase 50%, diante da firme demanda chinesa.
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