Ao anunciar nesta quinta-feira (12) o calendário de pagamento de fim de ano do funcionalismo público, o governador Reinaldo Azambuja destacou que Mato Grosso do Sul é um dos poucos estados brasileiros que tem capacidade de desenvolvimento.
Em entrevista coletiva à imprensa, ele deu um panorama da economia estadual, disse que as contas públicas estão em dia e pontuou medidas adotadas pelo Governo, desde 2015, que contribuíram para que Mato Grosso do Sul tenha investimentos.
Abaixo você confere os principais pontos da conversa com o governador.
Ajustes fiscais
“Desde o início do nosso governo falamos da importância de fazer ajustes fiscais, de ter cuidado com as contas públicas, de tomar medidas, até impopulares e amargas, para não deixar o Estado sucumbir. Se você olhar os 27 estados, grande leva deles sucumbiu. Não conseguem organizar folha e não têm volume de investimentos. Por isso, acho que valeu a pena termos feito gestão fiscal responsável”.
“Nesse sentido, vou elencar alguns pontos fundamentais para isso. Primeiro a reforma administrativa, que foi crucial para podermos organizar as estruturas do Estado. Segundo, a Lei do Teto de Gastos, que impôs uma organização aos poderes constituídos. Terceiro é a reforma da previdência, tanto a 2017 quanto a de 2019”.
Capacidade de pagamento
“Entramos no ano de 2015 com a letra D de capacidade fiscal. Os estados que têm letras C e D são impedidos de fazer empréstimos com os organismos multilaterais: Banco Mundial, BID e outras linhas internacionais de crédito. E também estão impedidos de ter aval da União em empréstimos com BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica. E nós éramos letra D lá em 2015. Viemos fazendo todo um esforço e conseguimos, no ano passado (2019), mudar para a letra C. Ano que vem, não tenho dúvida, com todo o esforço da equipe, vamos ser letra B ou A. Então, Mato Grosso do Sul muda de patamar para ficar aberto, depois de seis anos, a buscar esses organismos para empréstimos. Isso faz uma diferença enorme”.
“Valeu a pena. Você ter um estado adimplente, que cumpre com obrigações. Mudamos patamar de Mato Grosso do Sul, que, a partir de 2021, terá crédito. E isso foi feito a custo das reformas”.
Capacidade de desenvolvimento
“Nós fizemos o dever de casa. Enfrentamos uma pauta difícil, tivemos coragem e Mato Grosso do Sul é hoje um dos estados com mais capacidade de desenvolvimento. O jornal o Estado de São Paulo fez uma matéria publicou: Mato Grosso do Sul deve ter o maior crescimento de PIB em 2021. PIB é riqueza produzida por todos nós. No ano de 2020, de pandemia e dificuldade extrema para todo mundo, conseguimos superar desafios e vamos crescer. Imaginem em 2021. Muito investimento, muita entrega e muita geração de oportunidade a todos”.
“Eu acredito muito no crescimento do PIB. Projeção para esse ano era 8%. Vínhamos num patamar extraordinário. Diminuiu por causa da pandemia. Mas penso que vamos equilibrar um PIB ainda positivo para o ano que vem”.
“Temos um programa em andamento, que é o Governo Presente. O Estado vai colocar mais de R$ 2 bilhões em investimentos no ano que vem. Isso ajuda muito porque são obras, são melhorias, são contratações que vão acontecer nos 79 municípios e que vão gerar oportunidades. O PIB é isso, é o todo da economia. Não tenho dúvidas de que vamos ter um crescimento muito importante no ano que vem, que já é projetado, e esperamos que não tenha nenhum outro percalço no caminho, igual a pandemia”.
Estado investidor
“Hoje, Mato Grosso do Sul é o 4º em geração de emprego, 3º em investimentos. Temos uma carteira de investimentos que estão ocorrendo nos municípios. Recentemente em Campo Grande, por exemplo, terminamos a revitalização da Avenida Mato Grosso. Estamos agora com obras de asfalto no Aero Rancho. Foi possível ter copa de vôlei no Guanandizão porque colocamos dinheiro do Governo do Estado e reformamos o ginásio. Então, essa retomada da capacidade de investimento faz toda a diferença”.
“Se olharem na Secretaria de Infraestrutura, estamos com licitações de obras estruturantes em todos os municípios. E agora, junto com isso, vem mais R$ 1,3 bilhão de obras de saneamento pela PPP (Parceria Público-Privada) da Sanesul. Poucas pessoas têm a ideia do que isso significa. Nós vamos fazer do Mato Grosso do Sul o primeiro estado a universalizar o saneamento em coleta e tratamento de esgoto. Isso faz diferença extraordinária na vida das pessoas. Isso muda o perfil da qualidade de vida nos 68 municípios atendidos pela Sanesul”.
Calendário de pagamentos
“Fizemos um desafio aos servidores para que eles pudessem escolher qual dia eles entendiam como positivo para ter o 13º salário. Isso até para desmistificar os questionamentos que surgem todos os anos: ‘será que tem recurso?’, ‘será que vai acontecer o pagamento?’. Então fizemos uma enquete na qual participaram 10.171 votantes. 4.521 votaram pelo dia 1º de dezembro. Outros 5.650 votaram em outros dias alternados. Como nós falamos que o dia escolhido seria o dia que iríamos depositar o 13º então ficou escolhido o dia 1º de dezembro”.
“No dia 27 de novembro vamos depositar a folha de novembro. São R$ 514 milhões. No dia 1º de dezembro, que foi estabelecido pelos servidores, vamos depositar o 13º de todos: R$ 473 milhões. E no primeiro dia útil de janeiro, que vai cair em uma segunda-feira, dia 4, vamos depositar os salários de dezembro, que totalizam R$ 514 milhões. Então estamos falando que em 37 dias o Mato Grosso do Sul vai depositar R$ 1,511 bilhão aos servidores”.
“Isso é extremamente relevante, pois dá previsibilidade. O servidor sabe que aquele dia tem o recurso e o comércio vai poder fazer promoções. Previsibilidade é tudo na vida da gente. Você tendo previsibilidade você compra melhor”.
Acompanharam o governador Reinaldo Azambuja na entrevista coletiva os secretários Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e Ana Nardes (Administração e Desburocratização).
Bruno Chaves, Subcom
Fotos: Chico Ribeiro
Fonte: Governo do Estado de Mato Grosso do Sul