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Nos 43 anos de MS, fazer o bem é ‘lema’ de vida de servidor estadual de Sonora

Nos 43 anos de MS, fazer o bem é ‘lema’ de vida de servidor estadual de SonoraLocalizado no extremo norte de Mato Grosso do Sul, o município de Sonora tem um significado especial na vida de Morônico Lopes da Silva, Gerente da Agência de Trânsito – Detran, nosso entrevistado de hoje no especial “MS 43 anos”. 

Nos 43 anos de MS, fazer o bem é ‘lema’ de vida de servidor estadual de Sonora

Nascido no município vizinho de Pedro Gomes, Morônico Lopes da Silva mudou-se para Sonora por volta dos quatro anos de idade, no início da década de 90. Antes disso, o pai dele já trabalhava como empreiteiro de fazenda na região, um dos motivos que levaram a família se decidir pela mudança. “Primeiramente, moramos na zona rural. Depois meu pai comprou uma casa na cidade, onde nos instalamos”, descreve ele.

No decorrer do tempo, a família foi adquirindo patrimônio e o pai do servidor montou um comércio no centro de Sonora, um hotel. Através desse exemplo de crescimento, Morônico tomou os mesmos passos para sua carreira profissional, completando o ensino superior. Fora a responsabilidade que iria adquirir mais tarde perante os habitantes sonorenses.

“Sou formado em direito e fui diretor da Fundação de Saúde, que administra o hospital municipal, ppor quatro anos, onde consegui fazer muita coisa em prol do município, melhorando a estrutura do prédio e ajudando várias pessoas que precisavam de cirurgia. Depois trabalhei durante dois anos na Usina Sonora, na parte do administrativo, mexendo com o controle interno. Agora, por último, estou no Detran, desempenhando as funções cabíveis a mim”, relata o servidor.

O gerente conhece as deficiências do lugar por ter acompanhado de perto a difusão do local. Quando foi diretor da Fundação de Saúde, percebeu que várias coisas poderiam ser feitas, mas não foram realizadas até aquele momento. “Consegui reestruturar a parte dos leitos e mudar o atendimento. Enfim, montar o lado humano da coisa”, diz ele, tendo sua trajetória de vida marcada por este trabalho. Morônico sente que ainda pode contribuir muito com sua terra, na medida do seu alcance. Está na alma dele ajudar a comunidade!

As relações humanas, praticamente, são prioridades em sua vida, pois o gerente sempre está tentando entender os problemas daqueles que chegam até ele. O fato de ser um homem comunicativo, sincero e aberto, também facilita no andamento de ações. “Recentemente fui convidado para ser coordenador da Capela Nossa Senhora da Esperança, lugar simples, com pessoas humildes. Só que o espaço religioso precisa de uma reforma, então consegui, através dos meus contatos, aquisição de novos vidros, além dos serviços de mão de obra e de pintura”, descreve ele.

Morônico agradece a Deus por tudo que já fez, além de carregar algo em si, que serve de inspiração. “Ajudar nosso semelhante”!

Essa é a história do servidor, Morônico Lopes da Silva, morador de Sonora. Essa é a história de um sul-mato-grossense. MS 43 ANOS!!!

Dados e história do município

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a cidade apresenta população estimada de 19.721 pessoas e tem pouco mais de 30 anos de emancipação.

O território de Sonora faz divisa com outros três municípios aqui do Estado, Pedro Gomes, Coxim e Corumbá, e ao norte se depara com leito da água do Rio Correntes. Já o bioma da região é o cerrado-pantanal.

De acordo com site do IBGE, durante o Governo de Getúlio Vargas foi criado a Paner, Cia de Aviação para Missões Especiais. O responsável pelo correio era Aéreo Noturno, que interligava Rio de Janeiro, São Paulo, Cuiabá e Manaus, e também por aquele órgão, era o comandante Mauricio Coutinho Dutra, homem de cultura, politicamente ativo, ligado ao PTB do então presidente.

Por volta de 1964, com o agravamento da política governamental, o comandante se refugiou em direção a região central do Estado de Mato Grosso, próximo ao Rio Correntes, no município de Pedro Gomes. Ele construiu um rancho de palha e após alguns anos tornou-se proprietário de muitos hectares de terras na localidade.

Refugiado em sua grande área, comandante Coutinho sempre se disfarçava, indo para a cidade de Rondonópolis em sua pick-up, onde gostava de assistir a filmes de faroeste, um de seus “hobbies” preferido. Ele pensava que o destino lhe daria a terra não desbravada, pois a solidão o consumia e as matas iam além do que seus olhos enxergavam.

Em 1975, ofereceu a seu sobrinho, Raul Kelvin Thuin, coronel do Exército, cerca de 10.000 hectares de terra para que a utilizasse em algo útil para o país. Raul, idealista e sonhador, veio conhecer a área e estudar a possibilidade de explorá-la em prol do Brasil, como desejava seu tio. Em 1976 contratou a consultoria da empresa Planec, de Campo Grande, onde um de seus sócios, Beat Rolf Stucki, imigrante suíço que chegara ao país em 1951 e que em 1973 mudou-se para a cidade de Campo Grande. O coronel fez o diagnóstico da área juntamente com Stucki. Ele subiu em uma árvore grande e deslumbrou, sonhou com uma cidade, crianças correndo, chaminés fumando e um grande núcleo urbano se desenvolvendo. Inicialmente pensaram em um frigorífico, mas a ideia foi descartada pois faltaria matéria-prima.

Consultaram também, durante o diagnóstico da área, o então governador do Estado de Mato Grosso, Fernando Corrêa da Costa, juntamente com sua filha Telú. Lamartino Navarro também esteve na ocasião, que foi o precursor do Pró-álcool no Brasil e que trouxe do exterior a ideia de produção de energia alternativa. Ele sugeriu a possibilidade de implantação de uma usina de geração de álcool, pois a cultura da cana-de-açúcar possuía uma grande característica sazonal. Como o pensamento foi aceito em consenso, Lamartino forneceu toda a orientação e a Planec, através do Stucki, fez o projeto, e em 1977 iniciou a construção da Usina Aquárius. O nome da usina foi escolhido por Raul em homenagem ao signo de sua esposa Lúcia, mulher inteligente e humana.

Aquárius foi a primeira de produção de álcool projetada no país para a região do cerrado. Em meados de julho de 1978, iniciou uma fabricação experimental, efetivada um ano depois e que contava com cerca de 850 funcionários, formando um pequeno núcleo urbano, que residiam em barracos de lona. O andamento das atividades da usina seguia muito bem, com entusiasmo e idealismo, mas sua administração não era das melhores, pois deixou a desejar. Diante de vários problemas, Aquárius foi então adquirida, por volta de 1983, pelo Grupo Giobbi e pela Cigla – subsidiaria da Fiat Italiana. A partir daí, passou a ser chamada de Cia Agrícola Sonora Estância, hoje bem administrada em todos os setores da cadeia produtiva.

Parte da mão de obra fixou residência no núcleo urbano, desempenhando funções nas épocas, intermediárias ao trabalho na lavoura, contribuindo para a expansão populacional da comunidade. Esta expansão, atraída pelo mercado de trabalho, levou o local à condição de distrito em 1985. Foi determinado que se chamaria de Sonora, devido aos filmes assistidos pelo comandante, em Rondonópolis-MT, onde nas metragens de faroeste os ladrões se refugiavam na cidade de Sonora, no México, fronteira com os EUA, fugindo dos xerifes texanos.

No dia três de junho de 1988, através da lei nº 828, foi criado o município de Sonora, pertencendo à comarca de Pedro Gomes, e depois foi desmembrado. Dada a emancipação política naquele ano, seu primeiro prefeito foi João Cavalcante Costa.

Davi Costa, SAD

Foto do destaque: Prefeitura de Sonora

Fonte: Governo do Estado de Mato Grosso do Sul

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