Documento do governo chinês, porém, não estabelece prazo para o objetivo. Pequim foca em segurança alimentar, com coronavírus impactando exportadores de alimentos. Tensões comerciais também geram preocupações em relação à oferta. Vendedor segura peça de carne suína em mercado em Handan, na China
REUTERS/Stringer
A China tem como objetivo produzir internamente 95% de sua carne suína, indicou um documento governamental com planos para o setor animal do país, que reforça a meta de reconstruir rapidamente seu enorme rebanho de porcos após uma grave epidemia de peste suína africana (PSA).
O documento, divulgado no domingo, vem em meio a uma ampliação no foco de Pequim à segurança alimentar, com surtos de coronavírus no exterior impactando exportadores de alimentos e tensões com grandes parceiros comerciais gerando preocupações em relação à oferta.
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O documento não mencionou um prazo para que a meta seja atingida.
A China, maior consumidora de carne suína do mundo, chegou a ser praticamente autossuficiente na proteína, com as importações respondendo em média por 1% da produção entre 2000 e 2018.
Mas no primeiro semestre deste ano, importações de mais de 2 milhões de toneladas atingiram quase 10% do consumo, após a produção doméstica despencar na esteira da epidemia de peste suína africana.
Pequim afirmou repetidamente que espera que sua criação de porcos volte aos níveis normais até o ano que vem, tendo lançado uma série de medidas para encorajar os produtores a construir novas áreas de criação de animais.
O governo também afirmou que tem metas para o fornecimento interno de 85% das carnes bovina e ovina e mais de 70% do leite consumido no país, além de permanecer autossuficiente em ovos e carne de frango.
Os objetivos não são muito diferentes dos níveis atuais, mas a meta para a carne bovina parece “difícil de ser atingida”, disse Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank.
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