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Usinas do Centro-Sul têm queda de 17,85% em vendas de etanol; exportações amenizam baixa


Enquanto demanda interna caiu na pandemia, procura de outros países pelo combustível subiu 25,17%, aponta Unica. Com açúcar em alta, participação do combustível caiu de 64,5% para 53% na destinação da cana processada. Plantação de cana-de-açúcar e usina de etanol em Sertãozinho, SP
Fábio Junior/EPTV
As usinas da região Centro-Sul do país acumulam uma queda de 17,85% nas vendas de etanol em relação a 2019, segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica).
As indústrias do setor sucroenergético comercializaram 11,74 bilhões de litros do produto entre abril e agosto, cerca de 2,5 bilhões a menos do que no mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento divulgado esta semana.
A baixa foi influenciada pela menor procura por combustíveis no mercado interno associada à pandemia da Covid-19 e somente não foi maior em função da demanda do mercado externo por etanol anidro, adicionado na mistura da gasolina, e hidratado para fins de limpeza, avalia a entidade.
A destinação do produto para países como a Coreia do Sul subiu 25,17%, com 1,1 bilhão de litros, o equivalente a 10% do montante total de vendas.
“É um produto mais propício para a produção do álcool 70, seja líquido, seja na forma em gel. Então muitos países estão demandando o etanol hidratado por conta da pandemia e por conta da questão de saúde”, afirma o presidente da Unica, Antônio de Pádua Rodrigues.
A redução nas vendas se reflete na produção. Desde o início da safra 2020/2021, 261 usinas em operação até o final de agosto produziram 8,36% menos etanol, com um total de 18,97 bilhões de litros.
Com isso, a participação do combustível no mix das indústrias caiu de 64,5% para 53% em um ano, em um cenário favorável para uma maior produção de açúcar, que de 35,5% demandou 43% da destinação da cana processada diante de um momento propício para as exportações.
A quantidade de adoçante produzido em cinco meses subiu 43,7%, com 25,89 milhões de toneladas.
Os quase 8 milhões de toneladas adicionais em relação a 2019 são resultantes do aumento do mix de produção e da melhora da qualidade da matéria-prima, com um incremento médio de 4,54% no índice de açúcares totais recuperáveis e aproveitamento de 139,3 quilos por tonelada.
Em alta de 3,83%, a safra 2020/2021 acumula um volume de 415,09 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processada, elevação impulsionada pela falta de chuvas em regiões como a de Ribeirão Preto (SP), o que favorece a colheita.
Etanol: produção e vendas
Do total de 18,9 bilhões de litros de etanol produzidos pela região Centro-Sul este ano, foram 13,3 bilhões do hidratado, diretamente usado para abastecer os tanques, com baixa de 7,1%, e 5,6 bilhões do anidro, que vai na mistura da gasolina, com redução de 11,22%.
Somente em agosto, as quedas registradas foram de 22,4% no processamento de etanol hidratado e de 17,6% do anidro.
Do volume total de combustível comercializado pelas usinas – 11,74 bilhões de litros -, 10,64 bilhões foram destinados ao mercado interno entre abril e agosto. A maior parte – 7,3 bilhões – foi na variedade hidratada, 2,3 bilhões a menos do que no mesmo período do ano passado. O etanol anidro totalizou 3,3 bilhões de litros, com 380 milhões a menos na comparação com 2019.
Do volume destinado a outros países, 597,4 milhões de litros foram de etanol hidratado e outros 507,6 milhões foram de anidro.
Veja mais notícias da região no G1 Ribeirão Preto e Franca

Fonte:

G1 > AGRO

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